A CNTSS/CUT – Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social está entre as entidades representativas dos trabalhadores e de setores sociais que assinam o “Manifesto Mulheres na Luta pela Vida!”, que, para este 08 de março, Dia Internacional da Mulher, defende fora Bolsonaro, vacina para toda população, auxílio emergencial já e o fim das violências contra as mulheres. Um texto em defesa da vida e dos direitos cidadãos de grande relevância neste momento em que o país amarga a mais cruel crise sanitária em decorrência da pandemia, com desdobramentos dramáticos em sua econômica, e uma série de ataques do governo Bolsonaro aos direitos, ao Estado Democrático e à vida.
O documento é um chamamento para que “as mulheres de todo o Brasil, de todas as raças, etnias, idades, identidades, orientações sexuais, territórios, de tantas nacionalidades que aqui vivem, quilombolas, indígenas, no campo, nas águas, florestas e cidades” estejam mobilizadas durante as comemorações deste 08 de Março para defender as bandeiras de valorização da vida, de combate às violências e de enfrentamento às políticas de morte e reacionárias do governo federal apoiadas por setores conservadores e fundamentalistas da sociedade.
De acordo com o Manifesto, a crise sanitária da pandemia aprofundou ainda mais as desigualdades de classe, raça e de gênero. Um período em que ficaram explícitos os aumentos dos diversos indicadores da pobreza e do número de pessoas em situação de rua, assim como, do ponto de vista da realidade feminina, os acréscimos da jornada de trabalho e da dependência econômica.
O texto destaca o aumento das formas de violência contra as mulheres, o feminicídio, de assassinatos das mulheres trans e travestis, com expansão dos indicadores de crimes de ódio contra a população LGBTQIA+. Ha ainda o fenômeno do recrudescimento da violência policial, com destaque contra a população negra. Situação semelhante acomete os povos indígenas e quilombolas, que estão sendo exterminados, principalmente suas lideranças, e expulsos de suas terras.
As entidades denunciam desmonte do Estado brasileiro e exigem o fortalecimento das políticas e serviços púbicos, com destaque, neste momento, às de saúde, com mais investimentos para o SUS – Sistema Único de Saúde e com a revogação da Emenda Constitucional 95, assim como iniciativas imediatas de geração de renda, tendo a aprovação do auxílio emergencial no valor mínimo de R$ 600,00 e por toda a pandemia como uma das prioridades absolutas. Também destacam os retrocessos nas políticas públicas para mulheres e nos diretos sexuais e reprodutivos, uma pauta conservadora muito prejudicial às lutas históricas das mulheres.