Com o título “Bolsonaro, inimigo da saúde do povo”, a nota é contundente em considerar “intolerável e irresponsável o discurso de morte” de Bolsonaro que vai contra as estratégias da OMS – Organização Mundial de Saúde, do Ministério da Saúde e das Secretarias de Saúde Estaduais, que hoje preconizam a necessidade inequívoca da manutenção da estratégia de isolamento domiciliar da população com a finalidade de evitar a proliferação do Coronavírus (Covid-19).
O texto é bem claro em considerar a manifestação de Bolsonaro como uma atitude “criminosa” ao negar categoricamente todas as evidências científicas que estão atualmente pautando as ações de combate à pandemia de Coronavírus em todo o planeta. Uma atitude que não só desvaloriza todo o trabalho sério e científico realizado por profissionais em todo o país, mas coloca em risco a vida dos trabalhadores e trabalhadoras, seus familiares e toda a população brasileira que está vulnerável a contrair o vírus.
O texto ainda atenta para o fato de que o presidente incorreu em crime com seu descabido pronunciamento. “Além disso, Bolsonaro comete o crime de “infração de medida sanitária preventiva”, a ser enquadrado no Art. 268 do Código Penal Brasileiro, ao desrespeitar “determinação do poder público, destinada a impedir introdução ou propagação de doença contagiosa”, apresenta a nota. Para finalizar, o documento sentencia que “as instituições da República precisam reagir e parar a irresponsabilidade do ocupante da cadeira de presidente antes que o caos se torne irreversível”.
Ainda na data de hoje, quarta-feira, 25 de março, a CNTSS/CUT divulgou uma nota própria também repudiando a ato “lastimável e impensável” de Bolsonaro. A Confederação entende que a medida tomada pelo presidente em nada contribuiu com o momento de crise que o país e o mundo vivem de combate ao vírus. Pelo contrário, o pronunciamento feito na noite de ontem coloca em risco todos os esforços que vem sendo feitos no país e pode causar a morte de trabalhadores e pacientes.
A Confederação também reitera em sua nota a necessidade de que governos e a iniciativa privada invistam em infraestrutura, insumos e EPIs – Equipamento de Proteção Individual para que os trabalhadores tenham asseguradas as suas vidas e possam atender de forma ainda mais adequada os usuários dos sistemas público e privado de saúde na procura da cura desta doença. “O mundo hoje luta pela preservação da vida e o Brasil não pode atuar contrariamente a esta premissa primordial e civilizatória,” afirma a nota da CNTSS/CUT.
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Assessoria de Imprensa da CNTSS/CUT